sábado, 19 de outubro de 2013

Marionettes!

Capítulo 3

   Por volta das 14h, recebo uma ligação de um amigo muito querido, Hian, ele é, apesar de mais velho que eu, muito fofo e parece um nenê.
   - Alô!
   - Ny-chan!
   - Hian! Quanto tempo.
   - Pois é! Como você está? – Se bem conheço Hian ele só me liga para sair. ^^”
   - Bem! E você? – Não quis transparecer minha preocupação.
   - Ótimo! Quero te fazer um convite. – Não disse.
   - Manda.
   - Sabe que dia é amanhã?
   - Seu aniversário.
   - Exatamente! E vão fazer um almoço aqui em casa para comemorar. Você quer vir?
   - Claro! Não deixaria seu dia passar em branco. – Por sinal me antecipei e comprei o presente dele com um mês de antecedência. – Tenho que está ai que horas?
   - Queria que você estivesse aqui às 11h.
   - Marcado então, estarei ai às 11h.
   - Não atrasa.
   - Vou de trem pode deixar. – Desligamos e comecei a ajeitar logo o que ia levar por que me conhecendo é certo eu esquecer alguma coisa.

   Por volta das 16h escuto uma batida na porta, não havia ninguém, mas virando a esquina pude ver alguém que achei familiar. 
   "Não! Vai ver é só minha imaginação. Tinha um envelope jogado no chão e a seguinte mensagem:


   “Preciso falar com você. Imagino que tenha muitas perguntas a fazer sobre o que está acontecendo. No envelope vai encontrar dois ingressos para o parque, para amanhã a noite, quando for embora pegue o ônibus das 21h em ponto, não se atrase e venha só.
                                                                                       Atenciosamente, Ana.”

    - Ana? Quem..., o envelope seria...? Aquela Ana? – Pelo visto o lago não foi um sonho e provavelmente o resto também não. Liguei para o Hian.
   - O que foi meu amor?
   - Hian, o que me diz de depois da sua festa a gente ir ao parque?
   - Aquele novo?
   - Esse!
   - Quanto vai custar?
   - Não, é um presente tenho dois ingressos e achei que seria perfeito para o dia.
   - Ai, Ny – chan eu ia amar.
   - Combinado então.
   Terça–feira, arrumei tudo que tinha de arrumar acrescentei mais algumas coisas que julguei serem necessárias, mesmo sabendo que teria de evitar alguns brinquedos por conta da bolsa.
Como combinado fui ao almoço que foi bem agitado com os amigos e familiares do Hian, com direito a briga familiar, tiramos fotos abrimos os presentes, roubamos chocolates, e fizemos travessuras que eu e ele sempre fomos especialistas em tirar com os outros.
15:30h, mandei ele se arrumar para irmos ao parque, optei por deixar minhas coisas na casa dele e ir buscar depois. Chegamos às 17h, Hian estava louco para ir na montanha russa eu o proibi, ele lutou, mas eu ganhei, hehe.
   Não queria que acontecesse com ele o que aconteceu com Alaly, mesmo não sabendo ainda o que era, 20:30h, disse que já queria ir embora, ele insistiu em ficar mais então fingi está sentindo dor, ele acreditou e fomos, o ônibus chegou ás 20:50h, dei sinal ele subiu e dei outro sinal para o motorista fechar a porta.

   Quando o ônibus foi embora pude ver Hian acenando para mim sem entender por que eu não entrei. E me ligou.
   - Por que você não subiu?
   - Hian eu passo amanhã na sua casa para pegar minhas coisas e falo com você. – Desliguei.
21h, como dizia o bilhete um ônibus parou absolutamente vazio e eu era a única na parada, o motorista usava uma máscara, mas me parecia estranhamente familiar, bem pegamos o desvio e chegamos ao lago e já era esperada por Ana.
   - Se aproxime.
   - Com a largura dessa estrada é impossível não ficarmos perto.
   - Há! Não você querida, ele. – E apontou para o lago, mas nada se aproximava. – Pronto!
   - Mas não tem ninguém.
   - Acredite, ele está perto de nós.
   - Então tá pode começar. O que realmente está acontecendo?
   - Bem vejamos. Eu, não, comecemos pela história daquele parque.
   - Tanto faz, contanto que você explique tudo.
   - Certo. De 200 em 200 anos, aquele parque vem a está cidade com o propósito de limpar arquivos. Com isso quero dizer matar todos que sabem sua história para fazer o que querem. Os donos do parque vivem da energia vital das pessoas, e usam aquela montanha russa para coletar está energia, parte eles absorvem e a outra colocam em bonecos que usam como marionetes para seus propósitos.”
   - Até aqui tudo bem. Mas isso acontece com todos os que entram naquela montanha russa?
   - Sim! No entanto de tempos em tempos uma pessoa resiste e não é transformada nem absorvida, não sabemos bem o por que, mas sabemos que isso atrapalha o fluxo deles e eles não conseguem a energia necessária para ficar mais 200 anos na escuridão, tendo que voltar mais cedo o que é arriscado para eles, e você é está pessoa.”
   - Não, não sou, mas provavelmente você vai me pedir para detê-los?
   - Sim, você é, e sim queremos que nós ajude a prendê-los na árvore do esquecimento, onde ficarão durante 1.000 anos.
   - 1000 anos? Por que então não matá-los?
   - As pessoas precisam sonhar, mas também precisam ter pesadelos.
   - Não entendi!
   - Eles controlam os pesadelos, contudo quando conseguem juntar muita energia dos medos das pessoas eles conseguem sair dos pesadelos para o mundo real e passam absorver a energia vital das pessoas passando a criar pesadelos reais. Não achando suficiente, passam a sugar também a energia vital das pessoas.

   - E você? O que ou quem você é?

   - Eu sou a guardiã desse lago, nele está o equilíbrio da vida aqui os mortos descansam, quando eles tiram a energia das pessoas elas entram em um coma profundo e em pouco tempo morrem. Minha família cuida desse equilíbrio nem sempre é necessário, mas dessa vez sou eu.
   - Alaly...
   - Sim sua amiga vai morrer, se não prendermos eles.
   - Mas se eles são o equilíbrio, digo se eles fazem pesadelos como ficam os sonhos?
   - Na verdade quem produz os pesadelos é um velho, eles sempre enganam este velho para ganhar energia suficiente para andar entre os humanos.
   - Atá! E é você quem mantém o equilíbrio aqui?
   -Sim e não, eu tenho um ajudante que habita o lago, pode chamá-lo de, O Serpente.
   - Sou eu! – Uma voz grave e um tanto assustadora veio do lago.
   -Olá Serpente! – Não houve resposta. ¬¬ - E o que eu tenho que fazer?
   - Pegar o trem. – Nesta hora ela sorriu.
   - Trem?
   - Acho que ele já surgiu para você uma vez, mas não se preocupe ainda temos tempo. Agora você deve ir eu vou manter contato.
   - Tudo bem então. – Subi no ônibus e quando as portas se fecharam, Ana disse algo curioso.
   - Tenha cuidado com o condomínio.
   - Que condomínio? – Mas nessa hora o ônibus saiu pelo túnel e fui para casa.

   “Como assim condomínio?”

Nenhum comentário:

Postar um comentário