Capítulo 3
Por
volta das 14h, recebo uma ligação de um amigo muito querido, Hian,
ele é, apesar de mais velho que eu, muito fofo e parece um nenê.
-
Alô!
-
Ny-chan!
-
Hian! Quanto tempo.
-
Pois é! Como você está? – Se bem conheço
Hian ele só me liga para sair. ^^”
-
Bem! E você? – Não quis transparecer minha preocupação.
-
Ótimo! Quero te fazer um convite. – Não
disse.
-
Manda.
-
Sabe que dia é amanhã?
-
Seu aniversário.
-
Exatamente! E vão fazer um almoço aqui em casa para comemorar. Você
quer vir?
-
Claro! Não deixaria seu dia passar em branco. – Por sinal me
antecipei e comprei o presente dele com um mês de antecedência. –
Tenho que está ai que horas?
-
Queria que você estivesse aqui às 11h.
-
Marcado então, estarei ai às 11h.
-
Não atrasa.
-
Vou de trem pode deixar. – Desligamos e comecei a ajeitar logo o
que ia levar por que me conhecendo é certo eu esquecer alguma
coisa.
Por volta das 16h escuto uma batida na porta, não havia ninguém,
mas virando a esquina pude ver alguém que achei familiar.
"Não!
Vai ver é só minha imaginação. Tinha um envelope jogado no chão
e a seguinte mensagem:
“Preciso
falar com você. Imagino que tenha muitas perguntas a fazer sobre o
que está acontecendo. No envelope vai encontrar dois ingressos para
o parque, para amanhã a noite, quando for embora pegue o ônibus das
21h em ponto, não se atrase e venha só.
Atenciosamente,
Ana.”
-
Ana? Quem..., o envelope seria...? Aquela Ana? – Pelo visto o lago
não foi um sonho e provavelmente o resto também não. Liguei para o
Hian.
-
O que foi meu amor?
-
Hian, o que me diz de depois da sua festa a gente ir ao parque?
-
Aquele novo?
-
Esse!
-
Quanto vai custar?
-
Não, é um presente tenho dois ingressos e achei que seria perfeito
para o dia.
-
Ai, Ny – chan eu ia amar.
-
Combinado então.
Terça–feira,
arrumei tudo que tinha de arrumar acrescentei mais algumas coisas que
julguei serem necessárias, mesmo sabendo que teria de evitar alguns
brinquedos por conta da bolsa.
Como
combinado fui ao almoço que foi bem agitado com os amigos e
familiares do Hian, com direito a briga familiar, tiramos fotos
abrimos os presentes, roubamos chocolates, e fizemos travessuras que
eu e ele sempre fomos especialistas em tirar com os outros.
15:30h,
mandei ele se arrumar para irmos ao parque, optei por deixar minhas
coisas na casa dele e ir buscar depois. Chegamos às 17h, Hian estava
louco para ir na montanha russa eu o proibi, ele lutou, mas eu
ganhei, hehe.
Não
queria que acontecesse com ele o que aconteceu com Alaly, mesmo não
sabendo ainda o que era, 20:30h, disse que já queria ir embora, ele
insistiu em ficar mais então fingi está sentindo dor, ele acreditou
e fomos, o ônibus chegou ás 20:50h, dei sinal ele subiu e dei outro
sinal para o motorista fechar a porta.
Quando
o ônibus foi embora pude ver Hian acenando para mim sem entender por
que eu não entrei. E me ligou.
-
Por que você não subiu?
-
Hian eu passo amanhã na sua casa para pegar minhas coisas e falo com
você. – Desliguei.
21h,
como dizia o bilhete um ônibus parou absolutamente vazio e eu era a
única na parada, o motorista usava uma máscara, mas me parecia
estranhamente familiar, bem pegamos o desvio e chegamos ao lago e já
era esperada por Ana.
-
Se aproxime.
-
Com a largura dessa estrada é impossível não ficarmos perto.
-
Há! Não você querida, ele. – E apontou para o lago, mas nada se
aproximava. – Pronto!
-
Mas não tem ninguém.
-
Acredite, ele está perto de nós.
-
Então tá pode começar. O que realmente está acontecendo?
-
Bem vejamos. Eu, não, comecemos pela história daquele parque.
-
Tanto faz, contanto que você explique tudo.
-
Certo. De 200 em 200 anos, aquele parque vem a está cidade com o
propósito de limpar arquivos. Com isso quero dizer matar todos que
sabem sua história para fazer o que querem. Os donos do parque vivem
da energia vital das pessoas, e usam aquela montanha russa para
coletar está energia, parte eles absorvem e a outra colocam em
bonecos que usam como marionetes para seus propósitos.”
-
Até aqui tudo bem. Mas isso acontece com todos os que entram naquela
montanha russa?
-
Sim! No entanto de tempos em tempos uma pessoa resiste e não é
transformada nem absorvida, não sabemos bem o por que, mas sabemos
que isso atrapalha o fluxo deles e eles não conseguem a energia
necessária para ficar mais 200 anos na escuridão, tendo que voltar
mais cedo o que é arriscado para eles, e você é está pessoa.”
-
Não, não sou, mas provavelmente você vai me pedir para detê-los?
-
Sim, você é, e sim queremos que nós ajude a prendê-los na árvore
do esquecimento, onde ficarão durante 1.000 anos.
-
1000 anos? Por que então não matá-los?
-
As pessoas precisam sonhar, mas também precisam ter pesadelos.
-
Não entendi!
-
Eles controlam os pesadelos, contudo quando conseguem juntar muita
energia dos medos das pessoas eles conseguem sair dos pesadelos para
o mundo real e passam absorver a energia vital das pessoas passando
a criar pesadelos reais. Não achando suficiente, passam a sugar
também a energia vital das pessoas.
-
E você? O que ou quem você é?
-
Eu sou a guardiã desse lago, nele está o equilíbrio da vida aqui
os mortos descansam, quando eles tiram a energia das pessoas elas
entram em um coma profundo e em pouco tempo morrem. Minha família
cuida desse equilíbrio nem sempre é necessário, mas dessa vez sou
eu.
-
Alaly...
-
Sim sua amiga vai morrer, se não prendermos eles.
-
Mas se eles são o equilíbrio, digo se eles fazem pesadelos como
ficam os sonhos?
-
Na verdade quem produz os pesadelos é um velho, eles sempre enganam
este velho para ganhar energia suficiente para andar entre os
humanos.
-
Atá! E é você quem mantém o equilíbrio aqui?
-Sim
e não, eu tenho um ajudante que habita o lago, pode chamá-lo de, O
Serpente.
-
Sou eu! – Uma voz grave e um tanto assustadora veio do lago.
-Olá
Serpente! – Não houve resposta. ¬¬ - E o que eu tenho que fazer?
-
Pegar o trem. – Nesta hora ela sorriu.
-
Trem?
-
Acho que ele já surgiu para você uma vez, mas não se preocupe
ainda temos tempo. Agora você deve ir eu vou manter contato.
-
Tudo bem então. – Subi no ônibus e quando as portas se fecharam,
Ana disse algo curioso.
-
Tenha cuidado com o condomínio.
-
Que condomínio? – Mas nessa hora o ônibus saiu pelo túnel e fui
para casa.
“Como
assim condomínio?”

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