Capítulo 4!
Condomínio dos sonhos!
- Conte agora o que aconteceu. – Era o Hian, me ligou as 7:00h da manhã, sabia nem onde estava.
- O que?
- Ny-chan, acorda é o Hian. Quero saber o que aconteceu.
- Que dia é hoje?
- Quarta-feira.
- Há! Bem eu tinha esquecido algo no parque e voltei para buscar.
- Mentira! Você não parecia ter esquecido nada e outra era só ter falado que eu teria voltado com você.
-Faz, assim vou ai agora a tarde buscar a bolsa que deixei na sua casa e te conto tudo que aconteceu. – por mais que não quisesse envolver mais ninguém naquela história sei que podia confiar no Hian.
Como ainda estava de férias, fiz os afazeres de casa como não era meu costume, mas com os acontecimentos recentes precisava conseguir créditos com minha mãe para possivelmente conseguir sair e chegar mais tarde se necessário.
Me preparei para ir à casa de Hian, esperei na estação durante cerca de 1 hora e nada de trem, fui fazer uma reclamação com o guarda, mas algo mais importante me distraiu, os homens do porque. Bem, o que eles faziam eu não sei, mas não iria perder aquela oportunidade.
Ironicamente o trem deles acabara de chegar, dei meia volta e entrei correndo no vagão deles, mas fiquei bem distante para que não suspeitassem. No entanto eles começaram a conversar e não queria ser xereta, contudo tinha que ouvir a conversa para entender alguma coisa e ajudar Alaly.
- Você tem certeza que o número está certo? - Falou o homem baixo e loiro.
- O velho não pareceu reclamar. - Rebateu o homem alto e moreno.
- Acontece que é um velho, ele pode se enganar e precisamos da força vital deles para finalmente sair dessa prisão de sonhos. - falou o mais baixo.
- Cala a boca quer que alguém nós ouça?
- Há! Você sabe que eu estou certo. - Irritou-se.
- Eu sei que você está cansado, assim como eu, mas temos que ser cautelosos. - lembrou o alto.
- Tem que ser 100 marionetes, só temos 99. - Lembrou o homem baixo.
- Eu sei! - afirmou o alto.
- E se acontecer, como da última vez?
- Nem me lembre daquele pirralho, graças a ele e aquele guardião demoramos 2 mil, 2mil anos! Minha vontade é...
- Você está se exaltando.
- Desculpe, só quero uma vez viver de verdade.
- E comer de verdade. – Em seguida sorriu.
- Sim, retirar a energia vital do corpo das pessoas é mais saboroso do que roubar energia através de sonhos.
O trem parou e ambos desceram, continuaram a conversa, contudo não falaram mais sobre o assunto das marionetes, passaram por 4 quarteirões até chegar a um bar esperei cerca de 2 minutos e entrei, não era de maior, mas parecia ter mais de 18 anos e enganava bem, fazer o que? Como qualquer bar tinha homens bêbados, mulheres sem opção (eu acho) e um bar man mal humorado.
Aguardei um pouco e entrei na mesma porta que eles, era um corredor na verdade, cheio de portas de todos os tipos e formas, muito louco por sinal, mas a que se fechava e a que acredito era a deles era obscura e de forma um tanto sombria lembrava um caixão, mas muito bem trabalhado, na boca do que parecia um morcego tinha uma plaquinha.
“Condomínio dos sonhos
Onde realizar seu pesadelo é nosso maior sonho!”
Seguido de uma carinha sombria.
Abri a porta e claro não esperava que fosse um condomínio de verdade, estava enganada, era sem dúvidas um dos maiores e mais sombrios condomínios que já virá, era composto por casas que seguia em linha reta pela rua, que não possuía outras ruas intercalando ela, seguia reta até uma mansão no fim da rua, nossa e como era assustador, prossegui até por que ia perder ele de vista se não me mexesse, o céu era tão negro quanto a rua era para ser de tarde, mas acredito que ali fosse sempre noite. Particularmente sou encantada por isso, contudo tinha outros assuntos para resolver e minha paixão gótica teria que esperar.
Eles entraram na mansão pela porta da frente é óbvio, eu acompanhei as luzes até os fundos da casa onde um velho mexia num caldeirão, observei.
- Onde estiveram?
- Fomos dá uma volta, é claro. – Falou ao mesmo tempo, como uma resposta ensaiada.
- Ficar aqui é um tédio. – Falou o mais baixo
- Imagino o tipo de volta que foram dá, lembrem-se levou muito tempo para tirar vocês da prisão do guardião não queiram voltar para lá.
- Já tem 50 anos que não fazemos nada de errado. Defendeu-se o baixo.
- Eu sei, mas vocês andam muito estranhos ultimamente eu não sei que tipo de volta vocês podem dar que leva tanto tempo para voltar, andar pelas portas dos sonhos eu entendo, mas estão demorando ultimamente e repito, não vão roubar energia das pessoas isso só vai trazer a perda de vocês e eu não vou impedir o novo guardião se tentar prender vocês.
- Como você se importa com seus ajudantes? – Queixou-se o mais alto.
- Ajudantes? Passam mais tempo por ai do que me ajudando com os pesadelos.
- E você acha que é divertido ficar sentado produzindo pesadelos? – Queixou-se o alto.
- Alguém tem que fazer e eu sou imortal então é isso ou morrer de tédio como vocês.
- Que emocionante passar a eternidade sentado num caldeirão distribuindo pesadelos e competindo com o outro velho.
- Pelo menos eu tenho quem me faça companhia inclusive quando vocês não estão, e mais... – nessa hora ele se calou e o céu antes negro começou a brilhar uma luz verde nesse momento a rua começou a lotar, aproveitei para sair dali me envolve com a multidão.
O mais estranho eram as pessoas que estavam na rua pareciam sem vida olhavam para o céu como zumbis a espera de humanos, consegui sair, mas ainda fiquei com dúvidas quanto aos sonhos e quem seria o outro velho, que o alto mencionara?
Precisava falar com Ana o mais rápido possível.
Chegando em casa recebo uma ligação do Hian, por sinal já era 20 horas, nem vi o tempo passar.
- O que aconteceu?
-Hian, me desculpe.
-Já chega Jhãany eu quero saber o que está acontecendo, poxa você sempre foi tão aberta para mim e eu posso proteger você se for o caso.
- Eu sei, mas para te dizer o que está acontecendo, vou ter que perguntar a uma pessoa se posso te contar ou melhor se posse apresentar você a ela, assim ficaria mais fácil explicar com provas. Mas agora que você tem uma namorada, não quero atrapalhar sua vida Hian.
- Ela não vai se importa se eu passar um tempo com minha melhor amiga quero te ver amanhã. Só diga a hora.
- Que tal ás 16h? - Sugeri.
- Me parece bom, estarei ai.
Pouco tempo depois a campainha toca e uma nova carta no correio surge.
“Jhãany, esteja na praça próxima a sua casa às 19h, e espere por alguém conhecido, mas que não é mais o mesmo.”
Atenciosamente, Ana.
- Nossa que carta grande!– Fui irônica por conta do tamanho do envelope.
Naquela noite sonhei com o condomínio e seus habitantes, no entanto
no meu sonho o condomínio estava claro e era manhã.
No dia seguinte minha mãe como de costume fez um escândalo por causa dos meus gatos, chata não sabe que eles tem que ser sexys de vez em quando. ^^=
Em fim ajeitei a bagunça deles e dormi mais um pouco se bem que o tempo não me pareceu passar, mas fui acordada por minha mãe.
- Hian, está lá em baixo te esperando.
- Que horas?
- 16:10h.
“Dormi de mais”
Desci pouco depois para recepcionar o Hian, enquanto descia as escadas, na janela que dava para a praça achei ter visto alguém conhecido, mas pode ter sido só impressão.
- Hian, desculpa dormi de mais.
- E bota de mais nisso! – Rimos. – Então o que está acontecendo?
- Bem, tudo começou quando fui a praia com Miguel, Katia e uma amigos deles... – contei tudo, tudo mesmo até o condomínio, quando terminei ele ficou pensativo e não disse uma só palavra fiquei curiosa, ansiosa e preocupada.
- Certo, Ana entrou em contato para você falar com alguém hoje. Tem alguma ideia de quem possa ser?
- Não, só disse para eu ir à praça, que acharia alguém familiar, mas nem tanto assim.
- É! Ela adora enigmas. – Ele falou isso mais para ele do que para mim.
- Como?
- Nada, mas como pretende se defender da pessoa que a Ana vai mandar, pode ser tão perigoso quanto os caras do parque.
- Não acho, sei que posso confiar em Ana. – Era impressão minha ou Hian, estava falando de muito o nome da Ana?
- Não estou dizendo que ela não é de confiança, pelo contrário, gostei dela, só me preocupa o cara que ela vai mandar.
- Nem sei se é homem para começo de conversa, pode ser uma mulher.
- Se conheço bem ele... – Mas fomos interrompidos, pelo visto Hian sabe bem mais do que eu imagino.
Minha mãe trouxe um lanche para nós e ele acabou mudando de assunto, tentei voltar, contudo ele achou que seria melhor falar mais tarde, com a desculpa de que minha mãe poderia ouvir.
Era chegada a hora de me encontrar com a pessoa que Ana enviara, não sei quem era, Hian insistiu para ir escondido, concordei a essa altura ele já estava envolvido na história e desde de criança foi meu parceiro de luta então confiava plenamente nele.
No parque durante 15 minutos não avistei ninguém familiar ou aparentemente familiar. Até que Miguel apareceu para mim, mas seu sorriso parecia diferente um pouco malicioso.
- Olâ, querida!
"Querida?"
"Querida?"

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