-
É imprescindível que alguém entre no jogo dele, o que não vai ser difícil já
que todos nós somos imortais, quero dizer se resistimos ao passeio. - Respondeu
o Serpente.
-
Eu me candidato, estou acostumado a lutar e sou difícil de matar. –
Propôs Hian.
-
Não! - Me apressei em responder. - Desculpe Hian, mas eu tenho que vingar
meu pai e minhas colegas.
-
Eu estou com Hian é melhor alguém que já tenha experiência. - Falou Serpente.
-
E como você espera que eu tenha experiência se você não me deixa lutar?
-
Você sabe que seus poderes são bem restritos. - Rebateu.
-
Estou pronta para sacrificar o que for necessário. - "Mesmo o meu amor por
Hian."
-
Não, escuta Ana eu não posso deixar você fazer isso, você é importante para,
..., para sua família e para o tal lago.
-
Hian, eu preciso fazer isso ou vou me arrepender para o resto da minha vida,
que não é nada curta.
-
Mas pode se tornar.
Depois
de negociar durante um bom tempo eles concordaram em me deixar ir, mas com a
condição de que Hian iria comigo, Serpente ficaria nós esperando na chegada do
carrinho, concordamos em fazer rondas durante todo o resto do dia para ter certeza
de que não haveria mais vítimas.
Em
casa comecei a preparar as coisas e falei com minha mãe sobre o que iria fazer,
ela chorou, mas concordou quando lhe apresentei Hian e ele lhe contou sua
história ela ficou mais tranquila também, e implorou a ele para me trazer em
segurança, ele apenas sorriu e disse a ela que não se preocupasse.
-
Tudo pronto? Vamos! - Informei, peguei todas as pedras de portal que minha avó
me deixara, como novata precisaria desse apoio.
O
plano era, fingir que éramos pessoas despreocupadas que passavam pelo morro e
foi atraído para a luz vermelha por curiosidade, para isso necessitamos da
ajuda da minha irmã com assessórios que ela fez questão de conseguir, como
perucas, roupas mais comuns e atuação.
Inicialmente
o plano deu certo e ficamos um pouco em posição de zumbi enquanto caminhávamos,
Serpente já estava na chegada com a pedra que resolvi usar de apoio, pois ela
tinha de está a uma distância razoável antes de ser ativada. Tudo teria dado
certo não fosse um único detalhe, entramos no carrinho como pessoas atraídas,
mas ele apareceu, olhou minuciosamente para nós e falou.
-
Não posso acreditar no que vejo, minha vingança diante de mim. Samanta! Não
sabe o quanto esperei para matar você.
Eu
o encarei, afinal Samanta é minha avó, a raiva começou a subir em mim eu ia
começar com a maldições que Serpente me ensinou a lançar horas antes do plano
ser posto em prática, como disse queria que ele sofresse antes de ser
aprisionado, no entanto tínhamos mais um passageiro que eu não tinha reparado
antes.
-
Nill! - Mas ele nada respondeu, e em que momento ele entrou no carrinho que eu
só o percebi agora? O demônio riu.
-
Esse ai já está quase morto, estava terminando de sugar sua alma quando você
chegou.
-
Não! - Comecei a chorar. - Como não o vimos em nossas rondas? - Lamentei.
-
Ana, ele ... matou Pau...la, ele tem que morrer, faça o que for necessá...rio,
mas não mor...ra, a não ser que o mate pri...meiro ele fica vulnerável
quan...do come...ça a ...
-
Cale-se! - E com um movimento de braço Nill, caiu do carrinho morto.
-
NÃO! - Apenas encarei o demônio e comecei a me descontrolar.
-
Ana, lebre - se. - Falou Hian - O que temos de fazer? E pense no que Nill
falou, tenha calma.
-
Não consigo.
-
Sim você consegue é só se concentrar. - Nesse momento o carrinho começou a
andar.
-
Vamos passear Samanta. - Ele ria, enquanto o carrinho acelerava.
-
Hian, enfrentei - o vou começar com a maldição.
-
Entendido.
Hian
se levantou e encarou o demônio que o lançou no chão com um movimento brusco,
em seguida me encarou e percebeu o que eu estava fazendo e gritou.
-
De novo não sua vaca!
-
Como é... - Comecei a falar, mas Hian me deteve.
-
Ana! Se concentre e deixe o resto comigo.
-
Você? Ainda vivo? - O demônio ficou surpreso.
-
Sabe o que mais curioso, eu sinto que já lutei com seres mais fortes que você,
se esse tapinha, era tudo o que você tinha, então acho que é minha vez. - Hian
falava e um sorriso crescia em seu rosto, então ele começou a brilhar.
Continuei
com a maldição, assim que a luz que saia do Hian diminuiu, só pude ver o
demônio caído no carrinho, Hian sorriu para mim e percebi que era minha vez,
foquei num mundo onde não existia paz e onde aquele cara iria fazer amigos que
ele nunca esqueceria, quando esse mundo já estava mais do que na nítido na
minha mente o carrinho já se aproximava do Serpente, mirei minha energia para a
pedra que serpente energizava.
-
Hian, agora! - Hian levantou o Demônio, ele já começava a despertar, mas eu não
estava mais preocupada, agora iria terminar com aquilo, joguei uma bola de
energia para a pedra que Serpente segurava, nela estava o destino que escolhi
para o demônio.
Hian
jogou - o em direção ao portão que se abrira, logo a nossa frente, ele agora
estava preso envolvido numa rede de luz da qual não tinha mais como se livrar,
mas antes lhe lancei uma maldição que lhe tirou todo o seu poder.
"Retire do frasco seu néctar e a verdade aparecer."
O mais interessante é que ele começou a envelhecer e a secar cada vez mais
enquanto entrava na luz do portal, agora tinha que me certificar de fechar o
portal, coisa que me aprecei em fazer, ou eu e Hian iriamos junto com ele, no
entanto, pouco antes de o portal se fechar pude ver ele virando pó.
Conseguimos
fechar o portal é claro, mas levamos uma queda e tanto, quando chegamos no
Serpente e a montanha russa desapareceu, sob nós. Hian me segurou, mas não foi
o suficiente para torcer o punho.
-
E agora? - Perguntei ao Serpente.
-
Eu tenho de voltar imediatamente para o lago. - Foi dito e feito, não deu 5
segundos e Serpente desapareceu na nossa frente.
-
Hian, você está bem?
-
Eu? Temos que esse ver esse seu punho. Vamos para sua casa agora.
-
Espera o Nill.
-
O corpo deve ter ficado na colina.
-
Nill! – Lamentei mais uma vez sua morte. Hian me abraçou.
Chegando
em casa contei tudo a minha mãe que lamentou a morte de Nill, me ajudou com meu
braço e disse querer conhecer o Serpente, mas só se ele quisesse, ela ficou com
um pouco de medo quando falei o tamanho dele, minha irmã me agradeceu por
vingar nosso pai, do jeito dela sem palavras.
...
Uma
semana após o ocorrido passei mais tempo com Hian, e começamos a discutir o que
fazer dali para frente, eu tinha minhas responsabilidades quanto ao lago e
Hian, para com sua amiga que estava nascendo.
-
Você vai ama-la ela é fofa de mais.
-
Pensei que você tinha dito que ela é arrogante.
-
Também, mas eu amo a Ny.
-
E o que vai fazer exatamente?
-
Primeiro tenho que ir atrás de uma família de magos para me passar por cidadão
comum, depois fazer amizades que me levem a conhece-la, quando for a hora certa
e terei de mudar um pouco minha idade para isso, mas o mais difícil vai ser
quando ela crescer e começar a perceber que não envelhece e terei de lhe contar
a verdade.
-
Como exatamente vai mudar sua aparência? - Fiquei curiosa.
-
Vou ter que rejuvenescer alguns anos, mas não se preocupe voltarei ao normal
quando ela crescer.
-
Você sempre faz isso?
-
Sim.
-
E não cansa?
-
Eu amo a ny - chan!
-
Há, sei a ny-chan!
-
Para! Você sabe que ela é como uma irmãzinha para mim.
-
Não, eu não sei.
-
Não acredito que você está com ciúmes.
-
Quem está com ciúmes? É claro que não eu não conheço ela e você falando assim,
quer que eu pense o que?
-
Ana, eu te amo!
Fomos
até a casa onde Ny-chan nascera e avaliamos a família que pareceu boa para
Hian, e lá no quarto que invadimos, estava com medo de ser pegue, estava o
bebê, realmente era fofa, fiquei com vontade de pegar, mas não antes de Hian
lhe dar boas vindas.
-
Okaerinasai, Ny-chan!