sábado, 6 de setembro de 2014

Hotel Sweet Dream!

Capítulo 2
Andar 65
Lucas

            Na manhã seguinte fui comprar um pouco de pão e torta de limão para o café da manhã na volta o hotel estava bem agitado uma correria só aparentemente iria acontecer um evento aberto a todos os moradores, logo na entrada eu avistei um garoto que seguia o perfil de garoto que eu gosto. Alto moreno com cabelo Chanel, estilo skatista é claro lindo, nos meus olhos, pois sei que a quem não goste.

             Não o encarei muito pois não sou de chegar em ninguém, fui direto para o meu quarto onde tomei meu café da manhã, por sinal continuei hospedada no 57º andar, um pouco mais a tarde fui visitar uma lojinha na parte térrea onde encontrei o dono do prédio que ninguém conhecia exceto eu porque tivemos um encontro um tanto estranho dias atrás, também é o motivo pelo qual fiquei hospedada depois da minha competição.

            “Acabara de chegar no andar 68º e tinha uma sala muito escura que ironicamente foi onde havia perdido o panfleto que iria conseguir para a senhora deficiente, a sala estava muito escura então só tentei refazer meus passos e ir até onde deixei meu panfleto, quando a luz se acende  e tem alguém sentado atrás da escrivaninha, acho que tinha errado a sala.

            - Quem está ai? – Era uma voz grossa e nada familiar, aproveitei que ele estava de costas e comecei a me encaminhar a porta meio aberta que se fechara como um sopro, recuei um pouco com o susto e ao meu lado estava ele o dono do hotel.
            - Desculpe eu errei a sala.
            - Que desculpa pobre. Venha! -  E me agarrou pelo braço coisa que odeio profundamente.
            - Me larga. – Consegui me soltar e recuei o quanto pude.
            - Você entrou aqui.
            - Já disse que foi acidente.
            - Nada acontece por acaso.
            - Eu quero ir embora, agora mesmo. Abra a porta por favor.
            - Em fim um pouco de educação.
            - Como?
            - Quando você entrou não bateu na porta ou eu estou errado?

            Lhe dei as costas e me voltei a porta, fechei a cara e decidi que não me moveria exceto se ele abrisse a porta, ele começou a gargalhar, mas não mudei minha posição.

            - Qual o seu andar?
            - Por que eu lhe diria isso?
            - Sou o dono desse hotel e o meu elevador leva a todos os andares também.
            - Até parece que você é o dono do hotel, aposto que o dono nem mora aqui.
- Vai perder a aposta, pois tenho como provar.
- Pois prove.
- Ok! – Então ele simplesmente pegou a identidade e uns documentos do hotel, além de acessar a segurança e descobrir qual era o meu andar coisa que achei desnecessária, mas graças a isso diariamente recebo visitas inesperadas dele, cara chato, se bem que as histórias dele são bem interessantes pois ele costuma viajar muito e me pediu para continuar no hotel de graça com a condição de poder me visitar e ter com quem conversar, concordei mas claro que temporariamente.”

Ainda na loja fui em busca de um vestido de gala para a festa e ele sussurrou no meu ouvido.
- Então você vai a festa? – Perguntou Gerard, o nome do dono.
- E o que você tem com isso?

- Bom, em uma de nossas conversas você me disse que odeia festas.
- É mas decidi ir nessa e dai?
- Alguém em vista?
- É claro que não. Só pensei que seria melhor do que receber a visita de alguém indesejado.
- Pouxa! Agora magoou.
- Não ligo. – Ele riu.
- Acho que você fica bem de vermelho.
- Eu não.
“Apesar do parece eu chamando ele de velho, Gerard, não deve ter mais que uns 35anos já que ele herdou o hotel do pai que falecera.”

- Acho que vou a festa também. – Declarou.
- Se você for é bom que fico em casa e durmo mais cedo.
- Nossa como você é chata.
- Só quero um pouco de paz hoje, nada de visitas chatas.
- Ok, não vou falar com você pelo resto do dia, o que acha?
- Perfeito!
E foi justamente o que aconteceu Gerard não me olhou o resto dia parecia mesmo que eu era uma estranha o que de certa forma foi bom, mas ele exagerou quando eu entrei na festa e esbarrou em mim sem pedir desculpas, achei o limite da brutalidade. E percebi que tinham muitas pessoas com amigos e eu estava sozinha na festa então ao bar afinal estava só foi quando o avistei, sentado bebendo e gente como ele é lindo, me sentei ao seu lado com uma cadeira de distância e pedi uma bebida, foi ele que tomou a iniciativa, afinal como informara antes não seu tomar a iniciativa.

- Oi!
- Oi! – Respondi.
- Está só.
- Bom não sei como ser mais obvia. – rimos.
- O que me diz de sairmos daqui?
- Por mim tudo bem, para onde você quer ir, andar 69. Tem uma varanda legal lá. – P****, era o andar da Lucinda, não ia rolar.
- Que tal a piscina que ninguém quase nunca frequenta?
- Pode ser também.
Enquanto saíamos olhei de rabi saca para o Gerard, e sim, ele me acompanhou com o olhar e deu para perceber sua cara fechada, mas como estava rodeado de muitos convidados não ia me atrapalhar agora.
Chegando na piscina como esperado só havia mais três casais além de nós e já fomos logo para o que interessava e uma coisa ele tem pegada, começou pelo pescoço e foi subindo enquanto descia a mão pela minha cintura, mas percebi que ele ficava muito no pescoço, aquilo começou a ficar chato, até que consegui olhar seu rosto e entendi qual era a dele.

- Qual o seu nome mesmo? – Perguntei para ver se conseguia uma brecha para me soltar.
- Lucas. – Droga era um vampiro.
- Há interessante Lucas, mas acho melhor parar por aqui.
- Agora que está ficando bom? – Foi quando me agarrou pelo braço e começou a torcer – lo.
- Me larga! – Mas para minha sorte todos que estavam ali já se foram e ficamos o que não era bom.
“Os vampiros convivem conosco de forma bem pacífica, mas deu para ver que Lucas não comia a um bom tempo e não estava afim de morrer assim.”  

Ele começou a aproximar meu pescoço de novo o que não era um bom sinal, talvez não morresse, mas se conheço bem os vampiros do meu mundo quando os olhos estão vermelhos é porque não comem a um bom tempo.
Ok, era meu fim, mas pelo menos iria morros com dignidade então comecei a chutar o Lucas com todas as minhas forças o que não adiantou muito. Então alguma coisa ou alguém nós separou, não consegui ver muita coisa apenas uma bolsa sendo jogada e um braço ao redor da minha cintura, nenhuma palavra como prometido.

Gerard me levou para o meu quarto e lá não disse nada apenas me encarou de forma muito severa e assim que o relógio tocou meia noite ele respirou profundamente e soltou o verbo.
- Você não tem juízo? Não viu que era um vampiro? Não olhou para os olhos dele? Sabe o quanto eu corri para achar vocês? Ainda bem que deu tempo conseguir uma bolsa de sangue, você podia ter morrido.
Eu o encarava, mas não saia nenhuma palavra apenas o abracei e agradeci ele me empurrou para longe com raiva, mas não disse nada mais que me repreendesse.
- É hora de dormir. – Foi só o que disse. E esperou eu tomar banho e me trocar, ficou sentado ao meu lado até eu adormecer.

Na manhã seguinte acordei com um cheiro muito bom de café da manhã, Gerard estava na minha cozinha tragando um avental roxo de coração que logo identifiquei como sendo o meu, o que me deu uma certa raiva já que não gosto que mecham nas minhas coisas.
- Porque está usando meu avental?
- Você gostou? Eu acho que fica uma graça comigo. – E sorriu descaradamente como se não estivesse fazendo nada de mais.
- Gerard quero meu avental limpo e no local onde deixei.

Ele riu, mas não disse nada apenas serviu o café da manhã e se sentou comigo enquanto comíamos, fui até a lojinha no térreo comprar unas roupas para correr quando fui parada por Lucas.

- Oi, Jhãany, né?
- Sim. – Respondi já recuando.
- Desculpe por ontem, é que fiz uma longa viagem e fiquei muito tempos em comer espero que possamos pelo menos ser amigos.
- É pode ser.
- Então até um dia.
- Até!
Mas nunca voltei a falar a falar com Lucas pois ele passa quase todo o seu tempo dando em cima das meninas do hotel o que é divertido de ver pois na maioria das vezes ele sempre se dar mal.

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