Capítulo 2
Andar 65
Lucas
Na
manhã seguinte fui comprar um pouco de pão e torta de limão para o café da
manhã na volta o hotel estava bem agitado uma correria só aparentemente iria
acontecer um evento aberto a todos os moradores, logo na entrada eu avistei um
garoto que seguia o perfil de garoto que eu gosto. Alto moreno com cabelo
Chanel, estilo skatista é claro lindo, nos meus olhos, pois sei que a quem não goste.
Não o encarei muito pois não sou de chegar em
ninguém, fui direto para o meu quarto onde tomei meu café da manhã, por sinal continuei hospedada no 57º andar, um pouco
mais a tarde fui visitar uma lojinha na parte térrea onde encontrei o dono do
prédio que ninguém conhecia exceto eu porque tivemos um encontro um tanto
estranho dias atrás, também é o motivo pelo qual fiquei hospedada depois da minha competição.
“Acabara de
chegar no andar 68º e tinha uma sala muito escura que ironicamente foi onde
havia perdido o panfleto que iria conseguir para a senhora deficiente, a sala
estava muito escura então só tentei refazer meus passos e ir até onde deixei
meu panfleto, quando a luz se acende e
tem alguém sentado atrás da escrivaninha, acho que tinha errado a sala.
- Quem
está ai? – Era uma voz grossa e nada familiar, aproveitei que ele estava de
costas e comecei a me encaminhar a porta meio aberta que se fechara como um
sopro, recuei um pouco com o susto e ao meu lado estava ele o dono do hotel.
- Desculpe
eu errei a sala.
- Que
desculpa pobre. Venha! - E me agarrou
pelo braço coisa que odeio profundamente.
- Me
larga. – Consegui me soltar e recuei o quanto pude.
- Você
entrou aqui.
- Já disse
que foi acidente.
- Nada
acontece por acaso.
- Eu quero
ir embora, agora mesmo. Abra a porta por favor.
- Em fim
um pouco de educação.
- Como?
Lhe dei as
costas e me voltei a porta, fechei a cara e decidi que não me moveria exceto se
ele abrisse a porta, ele começou a gargalhar, mas não mudei minha posição.
- Qual o
seu andar?
- Por que
eu lhe diria isso?
- Sou o
dono desse hotel e o meu elevador leva a todos os andares também.
- Até
parece que você é o dono do hotel, aposto que o dono nem mora aqui.
- Vai perder a aposta, pois tenho
como provar.
- Pois prove.
- Ok! – Então ele simplesmente pegou
a identidade e uns documentos do hotel, além de acessar a segurança e descobrir
qual era o meu andar coisa que achei desnecessária, mas graças a isso
diariamente recebo visitas inesperadas dele, cara chato, se bem que as
histórias dele são bem interessantes pois ele costuma viajar muito e me pediu para continuar no hotel de graça com a condição de poder me visitar e ter com quem conversar, concordei mas claro que temporariamente.”
Ainda na loja fui em
busca de um vestido de gala para a festa e ele sussurrou no meu ouvido.
- Então você vai a
festa? – Perguntou Gerard, o nome do dono.
- Bom, em uma de nossas
conversas você me disse que odeia festas.
- É mas decidi ir nessa
e dai?
- Alguém em vista?
- É claro que não. Só
pensei que seria melhor do que receber a visita de alguém indesejado.
- Pouxa! Agora magoou.
- Não ligo. – Ele riu.
- Acho que você fica
bem de vermelho.
- Eu não.
“Apesar do parece eu chamando ele de
velho, Gerard, não deve ter mais que uns 35anos já que ele herdou o hotel do pai
que falecera.”
- Acho que vou a festa
também. – Declarou.
- Se você for é bom que
fico em casa e durmo mais cedo.
- Nossa como você é
chata.
- Só quero um pouco de
paz hoje, nada de visitas chatas.
- Ok, não vou falar com
você pelo resto do dia, o que acha?
- Perfeito!
E foi justamente o que
aconteceu Gerard não me olhou o resto dia parecia mesmo que eu era uma estranha
o que de certa forma foi bom, mas ele exagerou quando eu entrei na festa e
esbarrou em mim sem pedir desculpas, achei o limite da brutalidade. E percebi
que tinham muitas pessoas com amigos e eu estava sozinha na festa então ao bar
afinal estava só foi quando o avistei, sentado bebendo e gente como ele é
lindo, me sentei ao seu lado com uma cadeira de distância e pedi uma bebida,
foi ele que tomou a iniciativa, afinal como informara antes não seu tomar a
iniciativa.
- Oi!
- Oi! – Respondi.
- Está só.
- Bom não sei como ser
mais obvia. – rimos.
- O que me diz de
sairmos daqui?
- Por mim tudo bem,
para onde você quer ir, andar 69. Tem uma varanda legal lá. – P****, era o
andar da Lucinda, não ia rolar.
- Que tal a piscina que
ninguém quase nunca frequenta?
- Pode ser também.
Enquanto saíamos olhei
de rabi saca para o Gerard, e sim, ele me acompanhou com o olhar e deu para
perceber sua cara fechada, mas como estava rodeado de muitos convidados não ia
me atrapalhar agora.
Chegando na piscina
como esperado só havia mais três casais além de nós e já fomos logo para o que
interessava e uma coisa ele tem pegada, começou pelo pescoço e foi subindo
enquanto descia a mão pela minha cintura, mas percebi que ele ficava muito no
pescoço, aquilo começou a ficar chato, até que consegui olhar seu rosto e
entendi qual era a dele.
- Qual o seu nome
mesmo? – Perguntei para ver se conseguia uma brecha para me soltar.
- Lucas. – Droga era um
vampiro.
- Há interessante
Lucas, mas acho melhor parar por aqui.
- Agora que está
ficando bom? – Foi quando me agarrou pelo braço e começou a torcer – lo.
- Me larga! – Mas para
minha sorte todos que estavam ali já se foram e ficamos o que não era bom.
“Os vampiros convivem conosco de
forma bem pacífica, mas deu para ver que Lucas não comia a um bom tempo e não
estava afim de morrer assim.”
Ele começou a aproximar
meu pescoço de novo o que não era um bom sinal, talvez não morresse, mas se
conheço bem os vampiros do meu mundo quando os olhos estão vermelhos é
porque não comem a um bom tempo.
Ok, era meu fim, mas
pelo menos iria morros com dignidade então comecei a chutar o Lucas com todas
as minhas forças o que não adiantou muito. Então alguma coisa ou alguém nós
separou, não consegui ver muita coisa apenas uma bolsa sendo jogada e um braço
ao redor da minha cintura, nenhuma palavra como prometido.
Gerard me levou para o
meu quarto e lá não disse nada apenas me encarou de forma muito severa e assim
que o relógio tocou meia noite ele respirou profundamente e soltou o verbo.
- Você não tem juízo?
Não viu que era um vampiro? Não olhou para os olhos dele? Sabe o quanto eu
corri para achar vocês? Ainda bem que deu tempo conseguir uma bolsa de sangue,
você podia ter morrido.
Eu o encarava, mas não
saia nenhuma palavra apenas o abracei e agradeci ele me empurrou para longe com
raiva, mas não disse nada mais que me repreendesse.
- É hora de dormir. –
Foi só o que disse. E esperou eu tomar banho e me trocar, ficou sentado ao meu
lado até eu adormecer.
Na manhã seguinte
acordei com um cheiro muito bom de café da manhã, Gerard estava na minha
cozinha tragando um avental roxo de coração que logo identifiquei como sendo o
meu, o que me deu uma certa raiva já que não gosto que mecham nas minhas
coisas.
- Porque está usando
meu avental?
- Você gostou? Eu acho
que fica uma graça comigo. – E sorriu descaradamente como se não estivesse
fazendo nada de mais.
Ele riu, mas não disse
nada apenas serviu o café da manhã e se sentou comigo enquanto comíamos, fui
até a lojinha no térreo comprar unas roupas para correr quando fui parada por
Lucas.
- Oi, Jhãany, né?
- Sim. – Respondi já
recuando.
- Desculpe por ontem, é
que fiz uma longa viagem e fiquei muito tempos em comer espero que possamos
pelo menos ser amigos.
- É pode ser.
- Então até um dia.
- Até!







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