quinta-feira, 20 de março de 2014

Montanha Russa - Ana!

Capítulo 01


     Quando criança minha mãe costumava me contar a história de uma montanha russa que costuma leva a pessoa para um passeio e nunca mais voltava com ela, ainda criança eu costumava sentir medo disso, depois comecei a achar que tudo não passava de um conto para me fazer ir mais cedo para a cama, passei a contar essa história para minha irmãzinha, mas diferente de mim ela nunca acreditou nessas coisas e eu também não acreditava mais até meus 12 anos e com a chegada do minha avó.
     Voltava do colégio como de costume com minhas amigas, sempre que tenho treino de vôlei eu minha amigas saímos para almoçar antes numa lanchonete próxima ao clube é sempre muito divertido principalmente por conta da paixonite de Jess.
     - Sejam bem vindas, Ana, Jess, Paula e Sora. Vão querer o de sempre?
     - Sim, por favor. - Respondi.
     Paula é louca por Nill o cozinheiro e proprietário da lanchonete o que sinceramente não me importa a não ser pelo fato de ela ser tímida e não gostar nem um pouco de conversar com as pessoas, principalmente com os homens que ela gosta. No entanto eu não gosto muito de fazer este intercâmbio de casais, me incomoda, mas o que não faço por uma boa amiga? Sempre termino meu almoço antes de todas e acabo conversando com Nill o que faz Paula quase que me obriga a dar indiretas sobre ela.
     Terminado o almoço, seguimos quase que imediatamente para a quadra de vôlei, o que deixa Sora loca ela assim como nós é louca por vôlei, mas não pode entrar na quadra que se transforma, é incrível e divertido. Voltando ao que realmente interessa, estava voltando para casa quando percebi algo diferente pela vizinhança e no morro da história dos meus pais.
     Onde eles se encaixam nessa história, bem...
     Chegando em casa pretendia contar aos meus pais sobre o morro, foi quando percebi um carro parado em frente a minha casa, reconheci logo, era minha vó, adorava quando ela me contava história da família eram realmente histórias mágicas, eu me sentia como se estivesse vivendo a história, minha favorita era "O Guardião do Lago!", é a história de uma serpente gigante e um guardião, é bem interessante, mas só na teoria, vai por mim por que na prática..., bem ainda não chegamos nessa parte.
     - Vovó! - Corri em sua direção e a abracei com toda as minhas forças.
     - Ana! Minha querida como você está?
     - Muito bem e a senhora?
     - Sempre fico melhor quando vejo minhas amadas netinhas.
     - Vovó! - Minha irmãzinha acabara de chegar em casa, e por pouco não fico presa entre as duas.
     Durante toda a tarde meus pais e minha vó conversaram o que pareceu ser sério, não paravam de diminuir a conversa quando eu ou minha irmã passávamos próximo. Pouco mais de 2 horas de conversa fomos jantar e o resto da noite foi bem tranquilo exceto, pelo fato de que assim que minha irmã dormiu e eu estava quase dormindo, minha vó me chama, parecia ser sério eu a acompanhei, mas ela não deu atenção a minha expressão de dúvida quanto ao que estava acontecendo, fiquei um pouco nervosa por causa da sua expressão de seriedade, chegando na varando ao fundo da casa, ela finalmente parou.
     - Ana, você já vai fazer 13 anos correto?
     - Sim.
     - É chegada a hora de eu lhe explicar algo.
     - Vovó se for mais uma das suas história pode começar eu adoro.
     - Tem a ver com minhas histórias e com as que seus pais lhe contam.
     - Há! Pensei que a senhora iria me contar uma história nova. Mas o que tem elas?
     - Lembra quando dizíamos que elas eram reais? E você acreditava, mas sempre achando que tinha um fundo de mentira?
     - Sim.
     - Pois então. Elas realmente são reais e estão ligadas a nossa família.
     - Desculpe eu realmente ainda não entendi vovó.
     - Querida estou dizendo que existe sim um guardião e um lago, existe sim uma montanha russa que leva as pessoas e não trás de volta, existe sim um demônio, que já pertenceu a essa montanha russa, mas que quando jovem eu consegui separar - lo do resto da montanha russa a ponto de ela agora ainda ser mal usada pelos guardiões de pesadelos, no entanto eles não tem mais tanto poder como tinham com o demônio.
     - Guardiões de pesadelos a senhora está falando de um corredor que guarda os sonhos e os pesadelos das pessoas? Ele existe?
     - Sim.
     - Vovó eu acho que a senhora inventa tanta história que por conta da idade está começando a acreditar nelas.
     - Querida, eu não estou louca, apenas é chegada a hora de você aprender sobre seus dons e aprender a usa-los.
     - Dons? Vovó, fala sério eu não tenho dons, minha vida é um tédio.
     - Então prepare-se para se aventurar, a partir de amanhã. Por hora tenha apenas um boa noite de sono.
     - A senhora também.
     Vê se pode demônios, serpentes e montanha russa, essa minha vó, mas a amo muito, fazer o que. Por incrível que pareça sonhei com o que minha avó me falará, sonhei que estava num corredor cheio de portas e uma menina que nunca vira, virava para mim e falava.
     "- Eu te espero para que me ajude, Ana."
     Acordei instantaneamente me arrumei como de costume para a escola, mas esquecera que era sábado, bati na testa e fui me trocar desci para o café da manhã e lá estava minha vó, mas só ela e resto da família parecia ter sumido, comi bastante, minha vó nada, sim apenas sorria e fazia um movimento com a mão para que eu continuasse comendo, bem e foi o que eu fiz, ela estava até vestida de forma estranha naquela manhã, ao invés dos vestidos habituais, ela usava uma calça preta, uma blusa branca social e uma bolsa um pouco moderna para alguém de sua idade, mas e daí minha avó é que estava certa tinha mesmo é que aproveitar a vida do jeito que bem quisesse.
     - Terminou? - Perguntou assim que deitei a xícara na mesa.
     - Sim, a senhora chegou a comer algo?
     - Claro. Só esperando você terminar, querida. Ana, você já se perguntou porque você nasceu com cabelo rosa e sua irmão com o cabelo negro como seus pais?
     - Acredito que seja porquê puxei a senhora. Não?
     - Sim e não.
     - Desculpe vovó, mas onde a senhora quer chegar com essa conversa?
     - Vou te levar para conhecer o lago e o serpente.
     - Vovó chega, a senhora está passando os limites.
     - Fique em silêncio e apenas observe. - Eu ia argumentar, mas minha vó começou a brilhar e do nada na minha frente surgiu uma mulher muito parecida comigo só que em uma versão adulta.
     - Quem... Como? É a senhora vovó?
     - Sim, na verdade sua vó já faleceu eu sou sua tataravó.
     Fiquei sem palavras não tinha mais como duvidar dela, não depois daquilo. 
     - Vamos conhecer um pouco mais a nossa história.
     - Onde vamos?
     - Ao lago eu já disse.
     E foi o que aconteceu fomos até o carro dela e de lá seguimos pra a parte central do bairro e entramos por um túnel, como já conhecia sabia exatamente onde deveríamos sair, mas não foi bem o que aconteceu, não saímos na avenida esperada e sim numa espécie de estrada que dava de cara com um lago, exatamente como minha vó, digo tataravó falara, era realmente incrível, muito grande nem dava para ver se tinha um outro lado além daquele, falando nisso me perguntava como iriamos sair dali, ela pareceu perceber minha preocupação.
     - Não se preocupe vamos sair da mesma forma que entramos.
     - Como?
     - Seguindo em frente. - Foi quando olhei para a continuação da estrada e vi uma caverna igual a que usamos para chegar.
     - Certo. E agora?
     - Vou lhe apresentar alguém. Ou melhor...
     Foi quando algo começou a emergir da água, entendi de cara que se tratava do Serpente que minha Vó contava nas histórias, ele deveria ser muito grande pois demorara cerca de 5 minutos para colocar a cabeça para fora, o que achei desnecessário pois quando sua cabeça finalmente apareceu ele caiu mais da metade do corpo de volta a água e não parecia mais tão grande assim.
     - Olá, Samanta! - Por sinal é o nome da minha Avó.
     - Olá Serpente!

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