segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Colina Negra!

Escritor: Bruce Chatwin
Editora: Companhia das letras



Minhas postagens sobre os livros que eu ler daqui para frente, não vão ser resenhas ou explicações sobre as histórias que eu ler, mas as citações que mais gostei e que estão presentes no livro, até por que resenhas vocês encontram pela internet.

Colina negra conta a história dos gênios Jones.
"...O luar beijava a curva do pescoço de Mary, e um rouxinol derramava notas suaves na escuridão. Amos lhe passou o braço pela cintura e disse: "Você moraria aqui?""

"No caminho de volta a casa, embolados atrás da charrete, os dois comentavam a aventura em sua língua secreta. ..."Parem com essa bobagem!", Lewis retrucou: "Não é bobagem papai. É a fala dos anjos. Já nascemos sabendo"."

"Adoravam aspirar o ar quente, úmido e perfumado da estufa, passar a mão na pele aveludada dos pêssegos brancos ou olhar as orquídeas que se pareciam com os macacos dos livros ilustrados."

"... Então indicando com um gesto a arquitetura dos favos de mel, dissertou sobre a natureza da civilização, seus governantes e governados, suas guerras e conquistas, suas cidades e arrabaldes, sobre o trabalho dos trabalhadores, de que as cidades vivem."

"" Nada", escreveu no último parágrafo, "pode ser mais solitário que a solidão do casamento..."

"Ela se lembrava do mar, das oliveiras de flores argênteas balançando-se ao vento e das fragrâncias de tomilho e de cistos depois da chuva. Lembrou-se do calor e do bem-estar de seu corpo sobre a luz do sol. O que não daria agora por uma nova vida ao sol? Para envelhecer e morrer ao sol..."

""Sim", ..."Não existe melhores amigos que os velhos amigos.""

"Mary conversava com Amos três vezes por semana - não por meio de mesas levitantes ou outras técnicas de espiritismo, mas com base na simples crença na vida dos mortos, que responderiam se fossem chamados."

"Alfie achava que o relógio era um ser vivo e trazia presentes para ele - uma pedra bonita, um pouco des musgo, um ovo de passarinho ou um rato morto. Queria muito que o relógio dissesse alguma coisa além de tique-taque... Brincava com os ponteiros e com o pêndulo.
...
O garoto sentia falta do amigo, gritava, vasculhava o celeiro e as outras edificações, batia a cabeça ardente contra a parede caída. Então convencido de que o relógio morrera ele sumiu."

""Ele chegou", repetiu ela. E, quando a cabeça dela tombou para o lado sobre o travesseiro, Benjamin segurava sua mão direita e Lewis a esquerda.
De manhã cobriram as colmeias com crepe preto, para anunciar às abelhas que a mãe se fora."

"As aveleiras coavam a luz do sol, que marchetava as margens do riacho de cores variegadas, O regato cantava. Samambaias de metro formavam espirais entre as cicutárias. Pombas-trocazes arrulhavam. Um gaio cantava ali perto, e um bando de passarinhos menores gorjeava e chilrava em volta de um toro coberto de musgo."

"...Deixem os pobres viverem, foi o que eu disse! Deixem eles viverem! Deixem os coelhos viverem! E as lebres também. Deixem os arminhos continuarem a brincar. E as raposas, eu não quero fazer mal a elas. Deixem que vivam todas as criaturas..."

"...Não posso viver para os mortos", disse ela. "Tenho que viver a minha vida.""

"Se ele passava uma semana sem aparecer, ela ficava muito abatida, imaginando que"homens do Ministério" viriam busca-la ou matá-la. "Eu sei disso", dizia com tristeza. "Já li alguma coisa nos jornais".
Havia ocasiões em que o próprio Theo achava que ela estava "vendo coisas".
...
... . Ela falava do tempo dos pássaros e dos animais, das estrelas e das fases da lua. Ele sentia que havia algi de sagrado nos trapos dela e, em sua honra, compôs este poema:
Cinco casacos verdes
Um milhar de buracos
E as Luzes do Céu brilhando através deles."

"Quem não é ambicioso
E em plena luz do sol vive, gostoso, 
A procurar alimento
E o encontra em seu contento
Venha aqui, venha aqui, venha ao meu lado;
Não achará neste abrigo
Outro nenhum inimigo 
Senão o inverno enregelado.
...
Tal é o uso da palavra, e a palavra não tem fronteiras,
As coisas do coração não têm fronteiras."

"..., o céu escurecia. Soou um trovão na colina. O vento sacudia as janelas, e gotas de chuva caíam nas vidraças."

"... . Havia um tempo e um lugar para cada coisa - um tempo para diverti-se, um tempo para rir, dançar, desfrutar as belezas da terra, as belas flores em suas estações..."


Atenciosamente, J.O.!

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