segunda-feira, 26 de maio de 2025

26 de maio de 2025

Hoje me peguei pensando em quantas coisas fiz sem gostar apenas pelo sentimento de pertencer a algo e fazer parte daquilo, também pensei no prós e contras disso. Aos 13 anos, conheci um garoto por quem sentia atração, mas isso logo passou. Mesmo assim, viramos colegas, e um dia ele me convidou para conhecer a quadra de basquete. Fui bem recebida pelo treinador e acabei gostando do esporte. Na época também praticava handebol, onde me destacava mais. Com o tempo o time foi cancelado e fiquei apenas no basquete — onde fiz novos colegas e já tinha uma amiga nessa época a considerava minha melhor amiga, não sei se era recíproco, hoje eu entendo melhor esses sentimento e admito, nunca fui uma pessoa fácil de lidar em nenhum sentido, também nunca vou esquecer o olhar de uma das meninas quando o técnico pediu para ela me emprestar sua blusa e ela ficou com receio, na hora entendi, ela achava que eu estava suja, mas não questionei. Diferente do handebol e do vôlei que pratiquei dos 10 aos 13 anos, e posteriormente dos 17 aos 18 anos, eu não me sentia pertencente ao basquete, acho que muito pelo fato de ser uma pessoa difícil e por isso ser excluída das "panelinhas" e claro ser ruim no esporte. Minha amiga se afastou de mim depois que começou a frequentar o esporte comigo, fez nova amigas, que gostavam dela e vice versa, o que pode ter causado ciúmes em mim e um "ranço" da parte dela, nos afastamos naquela época, posteriormente voltamos a nos falar o que não durou muito. Parei de gostar de basquete quando percebi que não era pra mim. Na verdade, gostava era daquelas 'amizades' — que hoje sei não serem verdadeiras. Acredito que gostava de fazer parte de algo, e isso acabou quando o teto da quadra está ameaçando cair. Desse “evento” guardo duas medalhas: uma de ouro que oxidou e não se vê mais nada e outra de bronze que sinto não me pertencer e que se eu encontrar uma certa jovem eu a entregaria de bom grado, pois na época da competição precisei me ausentar de dois jogos e só fui no último, contudo acredito que por erro do técnico mesmo todas não ganharam medalha já que ele tinha um problema sério de arrogância (tinha brigado na época com a menina que deveria ter uns 15 anos e por isso a deixou sem medalha), também guardo uma bola preta, Willson de recordação. Depois que paramos de frequentar o basquete, ainda convivemos na escola, eu e essa amiga, ela tinha outras amizades e tudo bem, afinal isso é normal, ninguém precisa ser amigo de todo mundo. Me sentia excluída, lembro que fazia tudo sozinha porque ela sempre recusava os meus convites, também fui fazendo novas amizades, e tudo foi melhorando, em 2017 essa amizade me chamou para celebrar meu aniversário num shopping que eu amo e foi de longe o melhor aniversário da minha vida, mas essa amizade me deixou em meados de 2018/2019, quando percebeu que eu não era uma boa amiga, afinal que tipo de amiga pede presentes caros e não retribui e ainda reclama, sim eu era esse tipo de pessoa tóxica, acho que ainda sou pois não muito tempo ganhei presentes de cor branca e soltei indiretas, mas cara, eu gosto de preto, é difícil ver isso? Só ando de preto, só compro coisas pretas! Também pode ter se afastado quando me assumi Pansexual a ela, nunca saberei de fato o motivo do afastamento, gostaria de deixar registrado aqui: sinto falta dela, mesmo ela não sentindo o mesmo. Em 2014, entrei em um curso e aqui mais uma vez fazendo até o fim algo que não me agradava e não me trouxe nada profissionalmente, mas foi onde conheci a pessoa que moldou por 10 anos mais ou 'menos' meus ciclos de convivência, a partir dela fiz amizades que mantenho até hoje, inclusive ela, acho que a mesma não sente o mesmo por mim (sou grata, pois de todos que conheço ela foi a única, que aceitou celebrar meus aniversários, fossem eles piqueniques, compras, passeios…), bons tempos — amiga sinto sua falta, só para deixar registrado, sei que não tenho o mesmo poder aquisitivo que você e talvez por isso você não me convide para nada, mas sim, sinto sua falta — e tá tudo bem agora fico feliz com suas conquistas. Na verdade fico feliz por todas elas, a amizade antiga também. Ainda nesse ciclo vivi situações que testaram muito minha paciência e caráter, sempre fui trouxa e sempre cedi para tentar apaziguar as situações o que ganhei com isso um cara que viu em mim a razão de todos os seus problemas e detalhe eu nem fazia ideia, contudo tentei a apaziguar de novo a situação, mas dessa vez fui carimbada de errada mesmo, o ranço já estava instaurado e meio que gostei, por que isso abriu uma porta na minha cabeça que me fez perceber que eu não precisava estar passando por aquilo, e que a nova formação não me cabia, conclui todos os planos que tinha com essas pessoas e me retirei aos poucos, não sou uma pessoa que precisa de fechamentos e encerramentos com outras pessoas, eu não vejo necessidade para encerramentos, eu apenas me retiro, além de abrir os olhos para quem realmente me respeita e quem não respeita, acho que a lição mais óbvia que tirei disso é que no fim sou eu por mim mesma, acho que demorei pra perceber. Todos que chegam a minha vida tem uma validade, os melhores duram dez anos, e tem os momentâneos que só duram um ano e olhe lá. O problema é que hoje me sinto distante da pessoa que eu era em 2013 que saia sozinha, que fazia listas de desejos, que caminhava pelo centro da cidade para viver os desejos possíveis. Estou de luto por essa versão de mim — nunca mais voltará. Tenho colegas que genuinamente gostam de mim, embora um deles — que insiste em remoer minhas versões passadas — pareça estar comigo por obrigação e tudo bem. Aprendi a dissociar e deixar pra lá, mas tenho treinado para não ignorar certas falas problemáticas dele (inverdades que, talvez, já foram verdades para outros, mas não refletem quem sou hoje). São pessoas presas a quem eu fui. Será que não deveria deixá-las no passado? É exaustivo reviver histórias antigas a cada encontro, enquanto o presente vira pano de fundo. E cá estou, mais uma vez em uma situação que não me agrada mais, e que pela minha regra de vida de terminar tudo que começo, estou me forçando a ir até o fim e aqui falo da minha vida acadêmica fracassada. Eu fiz um curso de moda (2018/2020) que eu sempre quis e não consegui nada profissionalmente a partir disso, contudo consegui uma amizade que guardo até hoje. Faço hoje um curso de Engenharia Têxtil (2021/2026), de onde não irei tirar nada profissionalmente, mas ganhei uma amiga que mora longe, que eu amo conversar, de todos os momentos que não me agregam em nada, tirei boas amizades, mas estou mais uma vez me forçando a estar em uma situação que não gostaria apenas para terminar, eu gosto de moda e queria trabalhar com isso, infelizmente sou feia e cara fechada demais para as empresas que só me veem como caixa de loja e pobre demais para abrir minha própria marca. Algumas pessoas do meu passado, que não mencionei no texto,pois tiveram uma passagem breve, me buscaram depois de um longo período de afastamento, nem sei porque, já que mesmo me procurando não falam comigo, foram pessoas pontuais, mas já foram e estão muito bem hoje tanto profissionalmente, como na vida pessoal e sou feliz por elas, entretanto, acho que eu não sou boa para elas, sinto que minha presença só traria problemas a elas. Eu nem sei porque ainda tô aqui de verdade, aliás sei sim, estou pelas minhas gatas, que tenho medo de deixar e não cuidarem delas direito, mas fora isso não tenho motivos. Escrevo e publico isso porque cansei de guardar tudo sozinha. Daqui a um ano, quero reler estas palavras e ver se ainda fazem sentido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário